Imagem de destaque Servidor da Secretaria de Meio Ambiente ensina como fazer sabão reutilizando óleo de cozinha

Servidor da Secretaria de Meio Ambiente ensina como fazer sabão reutilizando óleo de cozinha

04/03/2021 - 17:03
ASCOM | Texto: Luis Carlos Gusmão | Fotos: Divulgação

Através de aulas remotas, Jorge Fróes, que é servidor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMMA) de Montes Claros e professor de geografia da Escola Estadual Professora Marilda de Oliveira, no Distrito de Nova Esperança, realizou uma oficina de sensibilização ambiental a partir da reutilização do óleo de cozinha.

A oficina aconteceu nos dias 24 e 25 de novembro de 2020, por meio de videoaulas, as quais foram postadas para turmas de ensino fundamental e médio para as quais leciona. Segundo o professor, o objetivo foi o de ensinar a fazer sabão reutilizando o óleo de fritura usado e, além disso, sensibilizar quanto à importância de separar o óleo de fritura usado na origem e dar o destino final correto, haja vista que é prática comum nos domicílios descartá-lo na pia, no lixo comum e na natureza (no solo, no rio, etc.).

Jorge, que é fiscal e analista ambiental da SEMMA, alerta que são imensos os impactos ambientais causados pelo descarte incorreto do óleo, além de serem vários os malefícios à população. “O óleo de fritura usado descartado na pia cria uma crosta de gordura na tubulação, que além de atrair pragas, como baratas e ratos, por exemplo, provoca o entupimento da tubulação, tornando cara a manutenção da rede de esgotamento sanitário”, informa o geólogo, observando ainda que, para desentupir a
tubulação, utiliza-se um produto químico ácido que também causa a poluição dos rios.

De acordo com ele, o descarte no solo pode causar a sua impermeabilização, o que desfavorece a infiltração da água de chuva, podendo provocar enchentes, além de prejudicar o reabastecimento do lençol freático e reservatórios subterrâneos. “O óleo de fritura usado lançado nos rios, córregos, lagoas, etc., impede a infiltração da luz solar que alimenta o fitoplâncton, o que desfavorece a cadeia alimentar aquática, causando inúmeros impactos ambientais à vida aquática”, acrescenta.

Fróes explicou, ainda, que o óleo descartado na natureza também pode causar poluição do ar, posto que o óleo de cozinha, ao se decompor, intensifica o efeito estufa ao liberar o gás metano.

Na última terça-feira, 2, servidores da SEMMA foram presenteados pelo colega com barras de sabão feitas através da reutilização do óleo de cozinha.